segunda-feira, 6 de outubro de 2008

ARARA

REINO: Animalia
FILO: Chordata
CLASSE: Aves
ORDEM: Psittaciformes
FAMÍLIA: Psittacidae
GÊNERO: Ara
NOME CIENTÍFICO: Ara ararauna

A arara-de-barriga-amarela ou arara-canindé é uma arara que ocorre da América Central ao Brasil, Bolívia e Paraguai. Tal espécie chega a medir até 80 cm de comprimento, com partes superiores azuis e inferiores amarelas, alto da cabeça verde, fileiras de penas faciais e garganta negras. Também é conhecida pelos nomes de arara-amarela, arara-azul-e-amarela, araraí, araraúna, canindé e arari. O Brasil é o país com o maior número de representantes da família Psittacidae, sendo denominado desde a época do descobrimento como “Terra dos Papagaios”. Esta família é composta por papagaios, araras, periquitos, jandaias e maracanãs.As araras são os maiores representantes desta família. Possuem um bico forte, alto e curvo adaptado para cortar sementes duras. Suas línguas grossas, sensíveis e repletas de papilas gustativas funcionam como um órgão táctil. Costumam ingerir pedrinhas para auxiliar na trituração das sementes de Buriti, Tucum, Bocaiúva, Carandá e Acurí, palmeiras que fazem parte de suas dietas. Estas aves não contribuem para a dispersão destas plantas, sendo consideradas “predadoras”, pois trituram os caroços dos cocos, destruindo as sementes.Um dos representantes mais conhecidos é a arara Canindé. Possui o bico preto e uma plumagem caracterizada principalmente pelo azul de suas asas e pelo amarelo de seu ventre podendo chegar a medir até 80 cm de comprimento. Pode ser encontrada desde a América Central até o sudeste do Brasil, Bolívia e Paraguai. Habitam beiras de mata e várzeas de palmeiras. Normalmente é observada voando aos pares ou até mesmo num grupo com três indivíduos, podendo este último ser um filhote. Dormem em bandos com até 30 indivíduos e fazem grandes deslocamentos diários desde a área de alimentação até a área de descanso.Quando chega a época reprodutiva formam casais que permanecem fiéis por toda vida. Só dá cria a cada dois anos e a postura de ovos compreende os meses de agosto e janeiro, colocando em média 2 ovos com período de incubação de aproximadamente 30 dias. Os filhotes permanecem no ninho até a décima terceira semana, período no qual são alimentados pelos pais que regurgitam o alimento em seus bicos. Nidificam em buracos de troncos ocos, preferindo os ninhos bem profundos para proteger os ovos e filhotes da ameaça de possíveis predadores, como o tucano e primatas de médio porte. Quando os pais encontram um ninho potencial, eles afofam o fundo do mesmo com a madeira triturada, que raspam das laterais da árvore, facilitando a secagem do fundo que ficará repleto de fezes dos filhotes. Os ovos postos são chocados principalmente pela fêmea que é visitada e alimentada pelo macho.Os psitacídeos são um dos grupos que mais sofrem com o tráfico de fauna silvestre, pois sua grande diversidade de cores e capacidade de imitar a voz humana desperta o interesse de pessoas no mundo todo, movimentando milhões de dólares por ano. Quando esses animais são caçados para a venda, as árvores que possuem ninhos costumam ser derrubadas. Isso prejudica a reprodução de diversas espécies de aves que utilizam o mesmo ninho em épocas reprodutivas diferentes. Além da caça para a comercialização, sofrem com a contínua destruição do habitat.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008


ARIRANHA


Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Mustelidae
Nome científico: Pteronura brasiliensis


A ariranha é um dos maiores carnívoros da América do Sul, podendo alcançar de 100 a 180 cm de comprimento e 22 a 34 kg de peso. É bastante semelhante à lontra, porém é maior, apresenta manchas claras na região da garganta e tem a porção terminal da cauda achatada. Ocorre na América do Sul, a leste do Equador e Peru até o norte da Argentina. É encontrada principalmente dentro de florestas ou áreas úmidas, junto a rios de pouca correnteza. Passa a maior parte do tempo na água tendo maior atividade no período diurno. Na vegetação às margens dos rios, escolhe locais específicos para dormitório e nidificação.Possui um sistema social interessante, com grupos de em média 4 a 8 indivíduos, formado pelo par reprodutivo monógamo e uma ou duas proles. Podem existir associações temporárias, onde grupos se fundem agregando até 20 indivíduos. Os animais se comunicam por diferentes vocalizações, 9 dessas determinadas e estudadas. A dieta é constituída principalmente de peixes, caranguejos e eventualmente outros pequenos vertebrados. A presa é capturada com a boca e então mantida segura com as mãos para ser consumida, muitas vezes, enquanto o animal nada de costas. A cor geral, nas partes superiores, é marrom-pardacenta e, inferiormente, mais clara. Quando molhada, a cor é mais escura. Cauda musculosa é achatada dorso-ventralmente do meio até a ponta e auxilia o deslocamento dentro d`água. Os pés são grandes e apresentam membrana interdigital. Os locais que apresentam melhores condições para sua sobrevivência são os parques florestais e reservas biológicas. Não há dados precisos sobre a reprodução da ariranha. Mas sabe-se que sua gestação dura de 60 a 70 dias e que o número de filhotes varia entre um e cinco. A fêmea cuida da ninhada durante um extenso período, elevando presas semi-abatidas para os filhotes. Ao completar um ano, os filhotes começam a se dispersar. Suas populações se encontram bastante reduzidas devido à caça para comercialização da pele, à destruição do habitat associada à poluição da água por agrotóxicos, dejetos industriais e mercúrio. É classificada pela IUCN (União Internacional para Conservação da Natureza) como espécie vulnerável e pelo IBAMA, como ameaçada de extinção.

MICO-ESTRELA


Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Família: Callithrichidae
Nome científico: Callithrix penicillata


O mico-esterla possui a cabeça é escura, com uma mancha branca na testa que é o sinal típico da espécie. Atinge até 30 cm de comprimento e tem uma cauda de 35 cm que lhe dá equilíbrio nas árvores. Os dentes inferiores são estreitos e alongados, adequados para a perfuração de troncos de árvores que produzem goma, um ítem importante de sua dieta. Pesa pouco mais de 230 g. É onívoro, come frutas, flores, folhas, insetos e pequenos animais. Outro item de sua dieta é a goma de certas plantas gumíferas. Possui um habitat tipicamente florestal, vivendo em grupos compostos de 7 a 15 indivíduos, ocupando amplas áreas. Contudo, muitas vezes desce ao chão para conseguir alimentos. Como outros primatas, a intricada estrutura social é baseada na hierarquia, na qual algumas fêmeas dominantes podem procriar e as demais são inibidas fisiologicamente e não se reproduzem. Tem hábitos diurnos. Apresenta uma gestação de 150 dias nascendo dois filhotes, que recebem cuidados do grupo todo, principalmente do pai e dos irmãos mais velhos. Até completar dois meses eles são carregados nas costas, principalmente pelo pai, durante os deslocamentos do grupo. Mamam até os seis meses e em 18 meses estão aptos para a reprodução. Seus predadores são aves de rapina, irara, entre outros. Vivem em média de 10 anos. Habitam cerradões, florestas semidecíduas, florestas secundárias e matas ciliares.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008



TAMANDUÁ-MIRIM



CLASSE: Mammalia
FAMÍLIA: Myrmecophagidae
ORDEM: Xenarthra
NOME CIENTÍFICO: Tamandua tetradactyla



O tamanduá-mirim é encontrado somente na América do Sul em áreas florestais, cerrados e campos. Mede 1,35 m de comprimento e pesa cerca de 6 Kg. Possui crânio alongado, língua comprida e vermiforme e o terceiro dedo dos membros anteriores contém uma unha muito forte e cortante, em forma de foice. A pelagem é pardacenta com uma grande mancha negra que se inicia no pescoço, indo até o peito e estendendo próximo à cintura, lembrando um colete. A temperatura corporal é muito baixa, o que explica a lentidão de movimentos e a criptorquidia (testículos dentro da cavidade abdominal para se manter quente). Os olhos são pequenos e sua visão é fraca, porém possui uma audição bastante desenvolvida. É solitário e possui hábitos crepusculares e noturnos. Sua cauda é semipreênsil e não possui pêlos longos (principal diferença deste animal com o Tamanduá bandeira que possui vasta cabeleira na cauda). Locomovem-se apoiando os membros anteriores na parte externa, ficando as unhas livres do solo e voltadas para o lado interior do braço. Durante a sua alimentação, utiliza suas fortes unhas para quebrar cupinzeiros e escavar o solo atrás de suas presas (formigas, cupins, abelhas e outros insetos). Então coloca sua língua comprida, roliça e pontiaguda com uma saliva viscosa dentro do buraco capturando seu alimento. Podem comer aproximadamente 1,5 Kg de insetos por dia. A fêmea gera só um filhote de cada vez, o qual anda agarrado nas costas da mãe até ficar com aproximadamente 3 meses de vida. O desmame ocorre por volta dos dois meses. A gestação dura de 130 a 150 dias. Os adultos podem viver ate 9 anos. Quando em perigo, pode subir bem alto nas árvores, usando o rabo para se segurar. Se o agressor insistir, ele pode soltar um mau cheiro de espantar qualquer inimigo. O Tamanduá-mirim é um bicho dócil, mas quando ameaçado ou acuado, levanta o corpo como se estivesse sentado e coloca as mãos para o alto. Quando o agressor se aproxima, o tamanduá o abraça podendo feri-lo seriamente com as garras. A principal ameaça aos Tamanduás e a destruição das áreas de cerrado para a formação de lavouras e pastos. É um dos animais brasileiros ameaçados de extinção.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

CASCAVEL


CLASSE: Reptilia
ORDEM: Squamata
FAMÍLIA: Viperidae
SUBFAMÍLIA: Crotalinae
NOME CIENTÍFICO: Crotalus durissus



As cascavéis possuem um chocalho característico na cauda, e estão presentes em todo o continente americano. Geralmente, refere-se mais especificamente à espécie Crotalus durissus, cuja área de distribuição se estende do México à Argentina. A cascavel, por razões não bem entendidas, em vez de sair completamente de sua pele antiga, mantém parte dela enrolada na cauda em forma de um anel cinzento grosseiro. Com o correr dos anos, estes pedaços de epiderme ressecados formam os guizos que, quando o animal vibra a cauda, balançam e causam o ruído característico. Embora no conceito popular o número de anéis do guizo as vezes é interpretado como correspondente a idade desta cobra, isto não é correto, pois no máximo poderia indicar o número de trocas de pele. A finalidade do som produzido pelo guizo é de advertir a sua presença e espantar os animais de grande porte que lhe poderiam fazer mal. É uma ótima chance de evitar o confronto. Alimenta-se de pequenos roedores. As Cascavéis são perigosas, mas não agressivas, fugindo rapidamente quando avistadas. Diferente de seus parentes da América do Norte, que possuem em seus venenos propriedades proteolítica (necrosante), a nossa Cascavel possui veneno neurotóxico (que atua no sistema nervoso), fazendo com que a vítima tenha dificuldades de locomoção e respiração. Dá a luz entre 16 e 24 filhotes vivos, reprodução vivípara, que ocorre de novembro a fevereiro.